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Uma simples descreminação
da CIDADE da COVILHÂ
para uma REAL obsevarção .
Vesitar o
BLOG. Da cidade.
OU ESTE
BLOGS.»
CIDADE DA
COVILHÃ BLOGS.SAPO.PT/9935.HTML
É
ESPETACULAR VALE A PENA VER…
Covilhã
Perspectivada Covilhã Câmara Municipal
Praça do Munícipe
Vista parcial da Covilhã
HISTORIA
O passado da Covilhã remonta aos
tempos da romanização da Península Ibérica, quando foi castro proto-histórico,
abrigo de pastores lusitanos e fortaleza romana conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Quem
mandou erguer as muralhas do seu primitivo castelo foi D. Sancho I que em
1186 concedeu foral de vila à Covilhã. E, mais tarde, foi D. Dinis que mandou
construir as muralhas do admirável bairro medieval das Portas do Sol.
Era já na Idade Média uma das
principais "vilas do reino", situação em seguida confirmada pelo
facto de grandes figuras naturais da cidade ou dos arredores se terem tornado
determinantes em todos os grandes Descobrimentos dos sécs. XV e XVI:
o avanço no Oceano Atlântico, o caminho marítimo para a Índia,
as descobertas da América e do Brasil, a primeira viagem de circum-navegação da Terra.
Em plena expansão populacional quando surge o Renascimento, sector económico
tinha particular relevo na agricultura, pastorícia, fruticultura e floresta. O
comércio e a indústria estavam em franco progresso. Gil Vicente cita "os
muitos panos finos". O Infante D. Henrique, conhecendo bem esta
realidade, passou a ser "senhor" da Covilhã. A gesta dos
Descobrimentos exigia verbas avultadas. As gentes da vila e seu concelho
colaboraram não apenas através dos impostos, mas também com o potencial humano.
A expansão para além-mar iniciou-se
com a conquista de Ceuta em 1415. Personalidades da Covilhã como Frei Diogo
Alves da Cunha, que se encontra sepultado na Igreja da Conceição, participaram
no acontecimento. A presença de covilhanenses em todo o processo prolonga-se
com Pêro da Covilhã(primeiro português a pisar
terras de Moçambique e que enviou notícias a D. João II sobre o
modo de atingir os locais onde se produziam as especiarias, preparando o
Caminho Marítimo para a Índia) João Ramalho, Fernão Penteado e outros.
Entre os missionários encontramos o
Beato Francisco Álvares, morto a caminho do Brasil; frei Pedro da Covilhã,
capelão na expedição de Vasco da Gama para a Índia, o primeiro mártir da Índia; o padre
Francisco Cabral missionário no Japão; padre Gaspar Pais que de Goa partiu para
a Abissínia; e muitos outros que levaram, juntamente com a fé, o nome da
Covilhã para todas as partes do mundo. Os irmãos Rui e Francisco Faleiro, cosmógrafos,
tornaram-se notáveis pelo conhecimento da ciência náutica. Renascentista é Frei Heitor
Pinto, um dos primeiros portugueses a defender, publicamente, a
identidade portuguesa. A sua obra literária está expressa na obra "Imagem
da Vida Cristã". Um verdadeiro clássico.
A importância da Covilhã, neste
período, explica-se não apenas pelo título "notável" que lhe concedeu
o rei D. Sebastião [4] como também pelas obras aqui realizadas e na região
pelos reis castelhanos. A Praça do Município foi até há poucos anos, de estilo
filipino. Nas ruas circundantes encontram-se vários vestígios desse estilo. No
concelho também. Exemplos de estilo manuelino também se encontram na cidade. É
o caso de uma janela manuelina da judiaria da Rua das Flores. É o momento de
citar o arquitecto Mateus Fernandes,
covilhanense, autor do projecto da porta de entrada para as Capelas
imperfeitas, no mosteiro da Batalha.
As duas ribeiras que descem da Serra da Estrela, Carpinteira e Degoldra,
atravessam o núcleo urbano e estiveram na génese do desenvolvimento industrial.
Elas forneciam a energia hidráulica que permitiam o laborar das fábricas. Junto
a essas duas ribeiras deve hoje ser visto um interessante núcleo de arqueologia
industrial, composto por dezenas de edifícios em ruínas. Nos dois locais são
visíveis dezenas de antigas unidades, de entre as quais se referem a
fábrica-escola fundada pelo Conde da
Ericeira em 1681 junto à
Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos criada pelo Marquês de Pombal em 1763 junto à ribeira da Degoldra. Esta é agora a
sede da Universidade da Beira Interior na qual se deve visitar o Museu de Lanifícios, já
considerado o melhor núcleo museológico desta indústria na Europa.[5] A Covilhã foi, finalmente, elevada à condição de cidade a 20 de Outubro de 1870pelo Rei D. Luís I, por ser "uma das villas mais
importantes do reino pela sua população e riqueza.".
Igreja de Santa Maria. Na década
de 1940 foi coberta de azulejos
GEOGRAFIA
Vista aérea da Covilhã
Situada na parte sudeste da Serra da Estrela, a área urbana da Covilhã
possui altitudes que variam de 450 a 800 metros. É também a cidade portuguesa
mais proxíma do ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre (1.993 metros), distando cerca de 20 km do cume da Serra da Estrela. A
Torre pertence aos concelhos de Covilhã, Manteigas e Seia. A Torre também dá o
nome à localidade onde está situada, a parte mais elevada da serra.
Clima
O clima do município é mediterrânico
continentalizado, sendo que as precipitações são mais escassas no verão. Os
Verões apresentam temperaturas moderadamente altas, enquanto os Invernos têm
temperaturas baixas. O frio aumenta conforme a altitude, variando de
temperaturas amenas nas partes mais baixas a temperaturas negativas e
ocorrências de neve, por vezes
abundantes, nas áreas mais elevadas, como a localidade de Penhas da Saúde,
acima de 1.500 metros de altitude, a apenas 9 km da Torre. Na área urbana
da Covilhã, a neve costuma aparecer muito pouco e geralmente não acumula sobre
o solo. Quanto à vegetação, há o predomínio de bosques, com árvores como o carvalho e a azinheira, entre outras. Entre a vegetação arbustiva, a carqueja é bastante encontrada. A vegetação torna-se escassa em
direcção à Torre.
PERSONALIDADES ILUSTRES
§ Raimundo
Pais de Riba de Vizela, nacido em 1130,
foi um Rico-homem do Reino de Portugal que exerceu o cargo de Governador da Covilhã entre 1196 a1199.
§ Beato Francisco
Álvares- beato da Igreja Católica, nasceu na Covilhã em 1539. Irmão
da Companhia de Jesus, faz parte do grupo conhecido como os "Santos
Mártires do Brasil". Foi beatificado pelo Papa Pio IX em 1854.
§ Pêro da Covilhã - Preparador da chegada de Vasco da Gama à Índia - A necessidade de atingir a Índia por mar, levou D. João II a conceber uma política de avanços sucessivos no mar. Bartolomeu Dias que viria a dobrar o Cabo da Boa Esperança.
No Índico, na costa oriental de África e na parte ocidental indiana, foi Pêro da Covilhã o
explorador. A ele se devem as informações que permitiram a consequente certeira
viagem de Vasco da Gama e a descoberta do caminho marítimo que transformou a
história.
§ Mestre
José Vizinho - A latitude nos mares - O famoso Mestre José referido por Cristóvão Colombo que muito aprendeu dos seus conhecimentos
astrológicos, era cosmógrafo e médico de D. João II. A grande invenção do século XV foi a descoberta da navegação astronómica com a consequente introdução de escalas de latitudes
nas cartas de marear. A sistematização do método
revelou como artífice do processo este grande judeu covilhanense. Estes estudos passaram a significar a
liderança da técnica portuguesa do mar.
§ Rui Faleiro - A longitude nos mares - Cosmógrafo covilhanense, nascido em finais do século XV, foi o principal
organizador científico da viagem de circum-navegaçãode Fernão de Magalhães em Sevilha. O conhecimento da longitude no mar
era fundamental pois completava os métodos já conhecidos para determinar a
latitude e permitir a localização das naus na superfície dos mares. Rui Faleiro
foi o grande artífice da avaliação da longitude a partir do lugar de
observador.
§ Francisco
Faleiro - A declinação magnética - Irmão de Rui, cosmógrafo, foi o autor da primeira
exposição que inferia a declinação magnética do ângulo de duas sombras lançadas
em vertical sobre o plano de horizonte, quando o sol atingisse alturas iguais
antes e depois do meio-dia. Elaborou em Sevilha, 1535, o Tratado del Mundo y del Arte del Marear,
cronologicamente a segunda obra do século XVI que desenvolve o estudo dos
fenómenos do magnetismo terrestre.
§ Frei Heitor Pinto - frade jerónimo, foi um escritor do século XVI. Foi
exilado em Toledo por tomar o partido de D. António, Prior do Crato, aquando na
crise dinástica portuguesa de 1580. Terá proferido as seguintes palavras:
"Pode El-Rei Filipe meter-me em Castela, mas Castela em mim é
impossível".
§ António Alçada
Baptista - Foi um advogado e romancista português. Licenciado em Direito, pela Faculdade
de Direito de Lisboa, António Alçada Baptista dedicou-se mais à
escrita do que à advocacia. Entre 1957 e 1972 foi director da Moraes Editora, e um dos fundadores da
revista O Tempo e o Modo. Após o 25 de Abril,
dirigiu o jornal O Dia (1975) e foi presidente do Instituto
Português do Livro (1979-1985).
§ Ernesto Manuel de
Melo e Castro - Ernesto Manuel de Melo e Castro é um
poeta, crítico, ensaísta e professor na Universidade de São Paulo, Brasil.
§ Eugénia Melo e Castro - cantora e compositora. Colaborou com nomes
importantes da música brasileira.
ECONOMIA
Há 800 anos aqui existe o trabalho da lã que hoje se reflecte em modernas
unidades industriais, sendo a Covilhã um dos principais centros de lanifícios da
Europa e é por esse motivo uma localidade com forte cultura operária. Poucos
centros urbanos podem assumir uma actividade económica regular ao longo de oito
séculos, mas é esse o caso da Covilhã e do trabalho dos lanifícios. Como manufactura primeiro,
como indústria depois,
o certo é que ainda hoje a cidade é um dos principais centros europeus de
produção de lanifícios. Actualmente, esta indústria produz por ano cerca de
40 000 km de tecido,e através de várias empresas têxteis com
destaques para a Paulo de Oliveira,[8] a Penteadora,[9] a Tessimax[10],
A. Saraiva e a filial portuguesa da Haco Etiquetas, as quais são fornecedoras de grandes marcas têxteis mundiais
como a Hugo Boss, Armani, Zegna, Marks & Spencer, Yves St. Laurent, Calvin Klein eChristian Dior. É a cidade mais próxima da estância de inverno
onde se localizam as únicas pistas de esqui portuguesas e às quais se acede
percorrendo espantosas paisagens de montanha. Em Novembro de 2005 foi
inaugurado um centro comercial: o Serra Shopping do
grupo Sonae.
A Covilhã é, nos dias de hoje, uma cidade que para além das tradicionais
"ubelhas" (pronúncia serrana para Ovelhas), tem também uma miríade de
actividades económicas marcadas pelo capitalismo moderno. Ainda assim, mantém
viva uma tradição serrana bem manifestada pela produção e venda de produtos
lácteos e de genérica proveniência ovina.
Quem não se sentiu atraído, pelo menos durante a
infância, pelos bonitos trenós, fascinantes luvas de "pata-de-urso",
aconchegantes coletes em pele de ovelha e até gorros de "pom-pom" com
a felpuda lã ovina. Mais recentemente, a Covilhã continua a inovar nos produtos
vindos de animais que se exprimem através de balidos, apresentando o chamado
"presunto de ovelha", em tudo semelhante ao presunto suíno, mas mais
saboroso, menos salgado e menos gordo. Visitar a Covilhã é, hoje em dia,
visitar uma cidade promissora e economicamente avançada mas, felizmente, que
mantém ainda a tradição serrana de bem receber com faces rosadas e tisnadas
pelo frio montanhês.
O ensino superior está presente na Covilhã desde a fundação do Instituto Politécnico, em 1973. Este acontecimento surgiu a partir das actividades do grupo de trabalho para o Planeamento Regional da Cova da Beira, tendo a instituição começado a receber os primeiros alunos dos cursos de Engenharia Têxtil e Administração e Contabilidade. No ano de 1979, o então Instituto Politécnico, converteu-se em Instituto Universitário da Beira Interior e, em 1986, o Instituto Universitário passa a Universidade da Beira Interior. O seu primeiro Reitor foi o Prof. Doutor Cândido Manuel Passos Morgado, seguindo-se o Prof. Doutor Manuel José dos Santos Silva que se mantém até hoje até ao presente.[11] A UBI é frequentada por cinco mil cento e noventa e dois alunos repartidos pelas trinta e uma licenciaturas do primeiro ciclo de Bolonha, quarenta e sete mestrados do segundo ciclo de Bolonha e vinte e sete áreas de doutoramento.[12]
Vista
do pólo I da Universidade da Beira Interior.
ESPAÇOS PÚBLICOS E MONUMENTOS
Vista d A Praça do Município ou Pelourinho, é a principal praça e a
mais central da cidade. Situa-se em pleno centro histórico e há muitos anos
atrás, nela se podia admirar um pelourinho do século XVI que, infelizmente, foi
destruido, juntamente com o edifício filipino da câmara, aquando da
reformulação deste espaço.[14]
A Covilhã possui ainda grandes jardins e parques,
como o Jardim Público, Jardim do Lago, Parque Alexandre Aibéo, Jardim de N.
Sra. da Conceição e o Parque da Goldra.
Como monumentos classificados mais
significativos, a cidade tem, entre outros, os seguintes imóveis:
- Igreja de Santa
Maria Maior - igreja
barroca que tem a particularidade de ter a fachada coberta por azulejos;
- Igreja de São
Francisco (Covilhã) -
igreja gótica, pertenceu ao antigo Convento de S. Francisco;
- Igreja da
Misericódia - igreja
maneirista, situada no coração da cidade;
- Capela de São
João de Malta -
pequena capela que, em tempos, pertenceu à Ordem de Malta;
- Capela Românica
de S. Martinho -
capela românica. Trata-se da mais antiga edificação na cidade. Consta-se que
aqui casou Pêro da Covilhã em 1478;
- Capela do Calvário - capela gótica cujo interior foi
coberto por talha dourada e pinturas alusivas à vida de Jesus Cristo.
- Torre de S.
Tiago - edificada no
século XIX, é um dos ex-libris da Covilhã por se avistar praticamente de
qualquer ponto da cidade;
- Real Fábrica de
Panos - manufactura
real, fundada pelo Marquês de Pombal em 1764. Actualmente reconvertida em Museu
dos Lanifícios;
- Muralhas da
Covilhã - edificadas
por ordem de D. Sancho I, mais tarde alargadas por D. Dinis. Ficaram muito
danificadas pelo terramoto de 1755. Actualmente restam apenas alguns troços
desta edificação.
- Monumento a Nossa Senhora da Boa Estrela - Monumento esculpido na rocha em
homenagem à padroeira dos pastores. Fica situado junto à Torre, ponto mais alto
de Portugal Continental.
FREGUESIAS
Vista d A Praça do Município ou Pelourinho, é a principal praça e a
mais central da cidade. Situa-se em pleno centro histórico e há muitos anos
atrás, nela se podia admirar um pelourinho do século XVI que, infelizmente, foi
destruido, juntamente com o edifício filipino da câmara, aquando da
reformulação deste espaço.[14]
A Covilhã possui ainda grandes jardins e parques,
como o Jardim Público, Jardim do Lago, Parque Alexandre Aibéo, Jardim de N.
Sra. da Conceição e o Parque da Goldra.
Como monumentos classificados mais
significativos, a cidade tem, entre outros, os seguintes imóveis:
- Igreja de Santa
Maria Maior - igreja
barroca que tem a particularidade de ter a fachada coberta por azulejos;
- Igreja de São
Francisco (Covilhã) -
igreja gótica, pertenceu ao antigo Convento de S. Francisco;
- Igreja da
Misericódia - igreja
maneirista, situada no coração da cidade;
- Capela de São
João de Malta -
pequena capela que, em tempos, pertenceu à Ordem de Malta;
- Capela Românica
de S. Martinho -
capela românica. Trata-se da mais antiga edificação na cidade. Consta-se que
aqui casou Pêro da Covilhã em 1478;
- Capela do Calvário - capela gótica cujo interior foi
coberto por talha dourada e pinturas alusivas à vida de Jesus Cristo.
- Torre de S.
Tiago - edificada no
século XIX, é um dos ex-libris da Covilhã por se avistar praticamente de
qualquer ponto da cidade;
- Real Fábrica de
Panos - manufactura
real, fundada pelo Marquês de Pombal em 1764. Actualmente reconvertida em Museu
dos Lanifícios;
- Muralhas da
Covilhã - edificadas
por ordem de D. Sancho I, mais tarde alargadas por D. Dinis. Ficaram muito
danificadas pelo terramoto de 1755. Actualmente restam apenas alguns troços
desta edificação.
- Monumento a Nossa Senhora da Boa Estrela - Monumento esculpido na rocha em
homenagem à padroeira dos pastores. Fica situado junto à Torre, ponto mais alto
de Portugal Continental.
o
pólo I da Universidade da Beira Interior.
Covilhã História e Lendas
Vista d A Praça do Município ou Pelourinho, é a principal praça e a
mais central da cidade. Situa-se em pleno centro histórico e há muitos anos
atrás, nela se podia admirar um pelourinho do século XVI que, infelizmente, foi
destruido, juntamente com o edifício filipino da câmara, aquando da
reformulação deste espaço.[14]
A Covilhã possui ainda grandes jardins e parques,
como o Jardim Público, Jardim do Lago, Parque Alexandre Aibéo, Jardim de N.
Sra. da Conceição e o Parque da Goldra.
Como monumentos classificados mais
significativos, a cidade tem, entre outros, os seguintes imóveis:
- Igreja de Santa
Maria Maior - igreja
barroca que tem a particularidade de ter a fachada coberta por azulejos;
- Igreja de São
Francisco (Covilhã) -
igreja gótica, pertenceu ao antigo Convento de S. Francisco;
- Igreja da
Misericódia - igreja
maneirista, situada no coração da cidade;
- Capela de São
João de Malta -
pequena capela que, em tempos, pertenceu à Ordem de Malta;
- Capela Românica
de S. Martinho -
capela românica. Trata-se da mais antiga edificação na cidade. Consta-se que
aqui casou Pêro da Covilhã em 1478;
- Capela do Calvário - capela gótica cujo interior foi
coberto por talha dourada e pinturas alusivas à vida de Jesus Cristo.
- Torre de S.
Tiago - edificada no
século XIX, é um dos ex-libris da Covilhã por se avistar praticamente de
qualquer ponto da cidade;
- Real Fábrica de
Panos - manufactura
real, fundada pelo Marquês de Pombal em 1764. Actualmente reconvertida em Museu
dos Lanifícios;
- Muralhas da
Covilhã - edificadas
por ordem de D. Sancho I, mais tarde alargadas por D. Dinis. Ficaram muito
danificadas pelo terramoto de 1755. Actualmente restam apenas alguns troços
desta edificação.
- Monumento a Nossa Senhora da Boa Estrela - Monumento esculpido na rocha em
homenagem à padroeira dos pastores. Fica situado junto à Torre, ponto mais alto
de Portugal Continental.
MonumentosReal Fábrica de Panos da Covilhã:
Covilhã foi desde sempre um centro de produção de lanifícios, tendo D. Manuel I, no seu foral de 1510 referido os vários produtos têxteis aqui produzidos.
O terramoto de 1755 destruiu grande parte das muralhas, sendo a sua pedra utilizada pelo Marquês de Pombal para construir a Real Fábrica de Panos, uma fábrica modelo destinada à aprendizagem e instrução profissional, com mestres estrangeiros.
Situada numa importante artéria da cidade, o edifício foi posteriormente utilizado para outros fins (Instituto Universitário da Beira Interior). Durante a remodelação do edifício foram descobertas as fornalhas e poços cilíndricos da antiga tinturaria. Aí foi criado um Museu de Sítio (no próprio local).
Capela de Santa Cruz do Calvário
Solares de Portugal » Entidades e Eventos » Capela de Santa Cruz do Calvário
Fundada pelo Infante D. Henrique, a capela foi restaurada e beneficiada, no século XVI, pelo Infante D. Luís, filho de D. Manuel I, senhor da Covilhã. Toda revestida a talha dourada (séc. XVI) tem o tecto apainelado com cerca de trinta e cinco telas com cenas da vida de Cristo, a grande maioria bastante adulteradas, resultado de um restauro infeliz. Na capela existe também uma escultura da Crucificação de grande beleza.
Capela de Santa Maria do Castelo:
De fachada barroca, a capela foi objecto da várias reconstruções que lhe alteraram totalmente a traça primitiva. Possui valioso recheio entre o qual uma imagem de Nossa Senhora das Dores do século XVII, proveniente do antigo Convento de Santo António, uma imagem de Nossa senhora da Assunção a cinzel pelo escultor Caldas, uma custódia de prata dourada (séc. XVI) e um relicário de São Lenho oferta do imperador Carlos V ao Infante D. Luís, após a conquista de Tunis.
Igreja de São Francisco:
A igreja pertenceu ao convento (séc. XIII) do mesmo nome, hoje desaparecido. Acabada em finais século XIV, do seu primitivo traçado gótico restam as paredes laterais com dois portais em ogiva e o pórtico principal incrustado numa frontaria do século XIX. Nas paredes primitivas foram rasgadas, em meados do século XVI duas capelas tumulares. O altar-mor é em talha do século XVI e possui um Cristo crucificado de impressionante expressão.
Parque Natural da Serra da Estrela:
O Parque Natural da Serra da Estrela abrange todo o maciço rochoso da Serra da Estrela, envolvendo vários concelhos.
Ao longe, o maior maciço rochoso da cordilheira central aparece como um vasto planalto inclinando-se para Nordeste, rasgado por vales onde correm os rios aqui nascidos, o Mondego, o Zêzere e o Alva. Submetido à intensa acção dos gelos durante a era quaternária, guarda ainda as marcas da sua acção: vales em U, covões e lagoas de origem glaciar.
O árido planalto central, pleno da casais isolados entre as pastagens e os campos de centeio, contrasta com o planalto de Videmonte, onde nasce o Mondego. A Sudoeste, entre socalcos, as povoações de Loriga e Alvoco marcam a sua presença alcandoradas em espigões rochosos. Finalmente, a encosta Noroeste estende-se desde a baixa de Seia às terras dominadas pelo castelo de Linhares, dos campos férteis de milho e vinha às alturas onde só a giesta cresce.
A sua fauna é variada, embora uma das sua espécies mais emblemáticas, o urso, esteja extinto e o lobo só apareça muito esporadicamente. Em contrapartida, é o único espaço do território nacional onde se alberga a rara lagartixa da montanha.
A vegetação apresenta três níveis distintos: a base, de influência mediterrânea; a zona intermédia, domínio do Carvalho-negral, e a zona superior, domínio do zimbro, onde ainda se pode observar a Gentiana lutea, uma planta em extinção.
O povoamento da Serra fez-se desde a época medieval, a partir da base. Mas já anteriormente outras culturas tinham deixado as suas marcas no terreno. Os romanos construíram uma via (Mérida-Braga) que atravessava transversalmente a serra; os árabes, deixaram sistemas de rega e a cultura de árvores de fruto e os Visigodos, a organização do espaço rural, através do "Código Visigótico".
Hoje, em todo a Serra pratica-se uma economia de montanha, centrada na agricultura, pastorícia e fabrico do famoso queijo da serra.
O terramoto de 1755 destruiu grande parte das muralhas, sendo a sua pedra utilizada pelo Marquês de Pombal para construir a Real Fábrica de Panos, uma fábrica modelo destinada à aprendizagem e instrução profissional, com mestres estrangeiros.
Situada numa importante artéria da cidade, o edifício foi posteriormente utilizado para outros fins (Instituto Universitário da Beira Interior). Durante a remodelação do edifício foram descobertas as fornalhas e poços cilíndricos da antiga tinturaria. Aí foi criado um Museu de Sítio (no próprio local).
Capela de Santa Cruz do Calvário
Solares de Portugal » Entidades e Eventos » Capela de Santa Cruz do Calvário
Fundada pelo Infante D. Henrique, a capela foi restaurada e beneficiada, no século XVI, pelo Infante D. Luís, filho de D. Manuel I, senhor da Covilhã. Toda revestida a talha dourada (séc. XVI) tem o tecto apainelado com cerca de trinta e cinco telas com cenas da vida de Cristo, a grande maioria bastante adulteradas, resultado de um restauro infeliz. Na capela existe também uma escultura da Crucificação de grande beleza.
Capela de Santa Maria do Castelo:
De fachada barroca, a capela foi objecto da várias reconstruções que lhe alteraram totalmente a traça primitiva. Possui valioso recheio entre o qual uma imagem de Nossa Senhora das Dores do século XVII, proveniente do antigo Convento de Santo António, uma imagem de Nossa senhora da Assunção a cinzel pelo escultor Caldas, uma custódia de prata dourada (séc. XVI) e um relicário de São Lenho oferta do imperador Carlos V ao Infante D. Luís, após a conquista de Tunis.
Igreja de São Francisco:
A igreja pertenceu ao convento (séc. XIII) do mesmo nome, hoje desaparecido. Acabada em finais século XIV, do seu primitivo traçado gótico restam as paredes laterais com dois portais em ogiva e o pórtico principal incrustado numa frontaria do século XIX. Nas paredes primitivas foram rasgadas, em meados do século XVI duas capelas tumulares. O altar-mor é em talha do século XVI e possui um Cristo crucificado de impressionante expressão.
Parque Natural da Serra da Estrela:
O Parque Natural da Serra da Estrela abrange todo o maciço rochoso da Serra da Estrela, envolvendo vários concelhos.
Ao longe, o maior maciço rochoso da cordilheira central aparece como um vasto planalto inclinando-se para Nordeste, rasgado por vales onde correm os rios aqui nascidos, o Mondego, o Zêzere e o Alva. Submetido à intensa acção dos gelos durante a era quaternária, guarda ainda as marcas da sua acção: vales em U, covões e lagoas de origem glaciar.
O árido planalto central, pleno da casais isolados entre as pastagens e os campos de centeio, contrasta com o planalto de Videmonte, onde nasce o Mondego. A Sudoeste, entre socalcos, as povoações de Loriga e Alvoco marcam a sua presença alcandoradas em espigões rochosos. Finalmente, a encosta Noroeste estende-se desde a baixa de Seia às terras dominadas pelo castelo de Linhares, dos campos férteis de milho e vinha às alturas onde só a giesta cresce.
A sua fauna é variada, embora uma das sua espécies mais emblemáticas, o urso, esteja extinto e o lobo só apareça muito esporadicamente. Em contrapartida, é o único espaço do território nacional onde se alberga a rara lagartixa da montanha.
A vegetação apresenta três níveis distintos: a base, de influência mediterrânea; a zona intermédia, domínio do Carvalho-negral, e a zona superior, domínio do zimbro, onde ainda se pode observar a Gentiana lutea, uma planta em extinção.
O povoamento da Serra fez-se desde a época medieval, a partir da base. Mas já anteriormente outras culturas tinham deixado as suas marcas no terreno. Os romanos construíram uma via (Mérida-Braga) que atravessava transversalmente a serra; os árabes, deixaram sistemas de rega e a cultura de árvores de fruto e os Visigodos, a organização do espaço rural, através do "Código Visigótico".
Hoje, em todo a Serra pratica-se uma economia de montanha, centrada na agricultura, pastorícia e fabrico do famoso queijo da serra.
Área: 101 060 hectares
Concelhos abrangidos: Covilhã, Celorico da Beira, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia
Criação: 16 de Julho de 1976
Sede: Rua 1.º de Maio, n.¼ 2 - 6260 Manteigas. Tel. (275) 983382/3
Acessos: EN 339 Covilhã
EN 232 Manteigas-Gouveia
EN 231 Seia
EN 330 e EN 330-1 Gouveia
EN 16/IP-2 Celorico
Percursos aconselhados:
de carro:
- Penhas da Saúde, Torre, Covão do Boi, Cântaros, Lagoa Comprida, Sabugueiro, Penhas Douradas, Manteigas, Caldas de Manteigas, Poço do Inferno, Penhas da Saúde, Gouveia; percurso de cerca de 100 km.
a pé:
- de Piornos à Varanda dos Pastores; percurso pedestre de cerca de 2 horas e 30 minutos de duração.
- do cruzamento da Torre à Lagoa Comprida percurso; pedestre de cerca de 1 hora de duração.
- do Cântaro Magro ao Covão do Boi e cruzamento da Torre; percurso pedestre de cerca 2 horas de duração.
- do vale da Candeeira, Lagoa do Cântaro, Covão da Ametade, Lagoa do Cântaro; percurso pedestre de cerca de 1 hora e 30 minutos de duração.
Especificidades: é a maior serra portuguesa, situando-se aqui o ponto mais elevado de Portugal Continental a 1993 metros. Mais de metade da sua área situa-se acima dos 700 m de altitude.
Fauna: Lagartixa-da-montanha, lontra, geneta, texugo, Gatos-bravos Toupeiras-de-água, Piscos-de-peito-ruivo, Sardaniscas-argelinas, Sapos-parteiros.
Flora: Carvalho-negral, azinheira, sobreiro, medronheiro, pinheiro, Pinheiro-bravo, freixo, faia, teixo, giesta, zimbro, Gentiana lutea, orquídeas, Madressilva-das-boticas, pilriteiro, rosmaninho, azevinho, orvalhinha, Fava-de-água.
Igreja do Dominguiso
~
Quinta Godinho do Dominguiso
Fonte Velha do Dominguiso

Açorda de Bacalhau com Tomate:
Ingredientes para 4 pessoas:
- 1 posta de bacalhau;
- 1cebola;
- 3 dl de azeite;
- 3 colheres de sopa de calda de tomate;
- 750 gr de pão caseiro ou de 2ª;
- 4 ovos;
- sal
Corta-se a cebola às rodelas e deita-se num tacho. Rega-se como o azeite e põe-se por cima o bacalhau previamente demolhado.
Deixa-se a cebola refogar com o bacalhau por cima. Quando a cebola estiver loura, retira-se do lume e faz-se o bacalhau em lascas, limpando-o de peles e espinhas.
Volta a juntar-se o bacalhau ao refogado e leva-se ao lume. Rega-se com um pouco de água, adiciona-se a calda de tomate e deixa-se apurar.
Entretanto, corta-se o pão em fatias, introduz-se no tacho e deixa-se abebrar bem. Batem-se os ovos com um pouco de sal, junta-se à açorda e mexe-se tudo muito bem para impedir que os ovos se talhem. Serve-se imediatamente.
in Cozinha Tradicional Portuguesa de Maria de Lurdes Modesto
Pudim de Leite:
Ingredientes:
- 1 copo grande (2dl) de ovos;
- a mesma medida de açúcar e a mesma medida de leite;
- 1 colher de sopa de sumo de limão;
Com um pouco de açúcar retirado à porção total e o sumo de limão faz-se um caramelo com que se barra uma forma de pudim.
Bate-se o açúcar com os ovos. Junta-se o leite frio e deita-se o preparado na forma. Tapa-se e leva-se a cozer em banho maria durante uma hora e meia.
Desenforma-se depois de frio.
Na panela de pressão o pudum coze durante trinta minutos.
Antigamente punham-se cinzas quentes sobre a tampa da forma para evitar a criação de gotas de vapor que muitas vezes provocam bolhas no pudim depois de cozido.
Sopa da Beira:
Este prato regional é confeccionado à base de tudo o que o homem destas paragens produzia. Terra de fracos recursos, cercada de montanha, onde tudo tardava em chegar, as gentes destas terras comiam o que produziam. Assim, nada melhor que uma substancial Sopa de feijão e couves com os seguintes ingredientes: batata; feijão vermelho; cenoura; cebola; couve lombarda; azeite e sal.
Caldo Verde com Bagudos
Sendo o caldo verde uma das sopas mais apreciadas em todo o país, esta é uma variante em que o feijão bagudo (feijão ainda verde) lhe confere um paladar particular.
Sopa da Beira Baixa:
Feita nas aldeias mais escondidas da Beira Baixa, na lareira, numa panela de ferro, em pleno Inverno, enquanto se faziam as brasas para se aquecerem ( repolho; feijão encarnado; azeite; fatias de pão centeio; ovos; batata).
Trutas à Moda de Manteigas:
As Trutas à Moda de Manteigas surgiram quando os pastores desta Região apanhavam, nas águas do Rio Zêzere, belíssimas trutas, preparando-as de seguida, enquanto guardavam o seu rebanho.
Para preparar este prato, são necessários os seguintes ingredientes: trutas; leite; manteiga; salsa; farinha; sal e pimenta.
Trutas Recheadas com Presunto:
A truta é limpa com sal, aberta ao meio e recheada com uma fatia de presunto da Região. Depois é grelhada, levando um molho de sumo de limão, manteiga e salsa picada.
Peixe do Rio:
Nas margens do rio Alva era hábito as pessoas irem até à ponte das três entradas e, nos caminhos velhos que nos levam até às margens do rio, pescar peixinhos do rio. Assim sendo, nasceu esta tradição na Região. O peixe que se encontra nos seus rios é a truta e o peixinho do rio. Estes são muito saborosos, cozinhados com óleo, vinagre, cebola, alho, louro e colorau.
Bacalhau à Lagareiro:
Nos lagares de azeite dos nossos antepassados, onde se moíam as azeitonas para fazer o azeite, fazia-se a prova do mesmo nos moinhos movidos a água dos rios. Para provarem o azeite, assavam as batatas e o bacalhau no borralho do lume (postas de bacalhau demolhado, batatas miúdas a murro, azeite, cebola cortada às meias luas, dentes de alho, azeitonas e ovo cozido). Assim nasceu este famoso prato de bacalhau.
Bacalhau com Broa:
Ligando o bacalhau aos produtos da Região, nasceu a tão apreciada combinação do bacalhau com a broa.
Na sua confecção utiliza-se posta de bacalhau demolhado, miolo de broa, cebola grande, dentes de alho, azeite virgem, pimenta e sal.
Bacalhau à Conde da Guarda:
Segundo consta, foi alguém que pretendeu dar prestigio à criação desta receita e decidiu apelidá-lo de Conde da Guarda, pois criava uma certa curiosidade em relação a este nome (bacalhau; manteiga ou margarina; batatas; cebolas; dentes de alho; natas; queijo ralado; sal e pimenta).
Bacalhau à Assis:
Esta receita foi criada há alguns anos pelo dono de uma pensão, que, surpreendido, na Serra da Estrela, por um nevão, teve que disponibilizar os últimos alimentos que lhe restavam, para saciar os hóspedes: bacalhau; batata; cenouras; cebola; azeite; presunto; pimento morrone; ovos; salsa e óleo.
Panela no Forno:
Este é um prato típico da Covilhã, só nesta região se pode apreciar este manjar. A Panela no Forno é um prato muito ligado à cozinha operária (a Covilhã foi sempre uma cidade ligada aos lanifícios), que por uma questão de economia, teve a tendência de aproveitar as partes pobres do porco. O resultado foi a criação de um prato extremamente, apaladado em que os sabores vêm da diversidade das várias carnes e ervas.
É composto pelos seguintes ingredientes: dobrada, carnes de porco (pé de porco, orelheira e toucinho entremeado), ervas aromáticas, serpão, hortelã, tomilho, louro, salsa, chouriços, farinheiras e morcelas.
Cabrito na Telha:
A telha, dita "caleira", era utilizada como travessa pelos mais pobres e servia, ao mesmo tempo, para conservar o tempero do preparado do cabrito de leite confeccionado com azeite, vinagre, sal, salsa e picante.
Feijoada de Cabritinho com Grelos:
Este prato é uma criação da Sr.ª D. Maria João ferreira Pinto. Recorreu aos produtos da Região e criou este delicioso prato. São necessários os seguintes ingredientes: cabrito pequeno, feijão vermelho, azeite, alhos, cebola, tomate concentrado, louro, tomilho, sal e vinho tinto.
Cabrito em Brasa de Azinho:
Das boas pastagens da Beira Alta, o cabrito apenas com sal e com um corte especial é assado em lenha de azinho, que é o segredo do seu paladar tenro e suculento.
Cabrito à Serrana:
Um dos mais típicos pratos da Serra da Estrela, este é o famoso Cabrito Assado no Forno. O que faz a diferença é de ser o Cabrito da Serra da Estrela que, como é sabido, é o cabrito mais saboroso do País, devido aos pastos de que dispõe.
Cabrito, cebolas, sal, azeite, pimenta, uma pitada de noz moscada, vinho tinto.
Caldeirada de Cabrito:
Este é mais um dos tão apreciados pratos de cabrito. É composto por camadas alternadas de batata, cabrito, tomate, pimento vermelho e cebola.
Ingredientes: cabrito, batata, pimento, cebola, azeite, tomate pelado salsa, vinho branco, outra bebida para dar sabor, alho, piri-piri e sal.
Feijoca à Senhora do Monte:
A feijoca é cultivada nesta Região e é um prato muito forte e de grande alimento, próprio para combater o frio.
Feijocas; chispe de porco; orelha de porco; entrecosto; cebola; tomate; cenoura; dentes de alho; chouriço de carne; dobrada; morcela; azeite; sal e piri-piri.
Grão de Bico à Moda da Arrifana:
Um bom regenerador de forças, o Grão de Bico é confeccionado com carne de porco e vitela, enchidos da Região, salpicados de laranja e acompanhado com arroz.
Arroz de Carqueja:
Trata-se de um prato muito antigo da Gastronomia da Serra da Estrela e que nos últimos anos tem sido objecto de um grande relançamento. É evidente que a Carqueja é o ingrediente mais forte para o sabor deste prato.
Ingredientes: Entrecosto cortado fino, cebolas, dentes de alho, sal, pimenta, vinho tinto e branco, arroz agulha, azeite e água de carqueja.
Chispe à Moda de Trancoso:
Prato muito apreciado na zona de Trancoso. Da carne de porco surge este prato de chispe com ovos, azeite, sal e alho.
Febras à Moda da Feira:
Prato tradicional confeccionado na Região em dias de festa ou feira. Ingredientes: febra, batata, pimentão, azeite, sal, alho, vinho tinto.
Javali à Caçador:
António Cleópatra, quando andava pelas suas propriedades, viu um caçador com um javali na carroça, e logo perguntou se o queria vender. De seguida convidou o caçador a cozinhar o javali para uma festa que ele ia dar na sua propriedade.
O nome que António Cleópatra deu àquele cozinhado perante os seus convidados foi "javali à caçador".
Foram utilizados os seguintes ingredientes: javali, vinho branco, concentrado de tomate, cogumelos, folhas de louro, estragão picado, cebolas picadas, chouriço de carne às rodelas, brandy, gotas de vinagre, cerveja preta, sal e pimenta.
Javali com Feijão:
Este é mais um prato suculento e consistente da Região da Serra da Estrela.
Ingredientes: javali, feijão, cebola, azeite, sal, pimento, noz moscada, colorau e cerveja preta.
Coelho Grelhado com Alecrim e Carqueja
E o coelho, de repente, escondeu-se debaixo da carqueja, na altura das sementeiras; foi, então, rodeado pelos cavadores, que depressa chamaram o ganhão (pessoa que ia à frente do gado durante o lavrar da terra). Sem um tiro nem uma paulada, o coelho depressa passou para a fogueira juntando-se à carqueja e adicionando alecrim e outras ervas.
IIngredientes: coelho, carqueja, dentes de alho, folhas de louro, azeite, sal, pimenta e alecrim.
Coelho Estufado com Ameixa:
Confeccionado com ameixa, cebola, azeite, batata e vinho fino, o coelho, em época de Natal, é substituído por peru.
Arroz de Lebre Malandrinho:
O facto de a caça ser uma tradição nesta Região, faz com que se dêem asas à imaginação, e surjam aqui diversos pratos com base nos animais caçados.
O Arroz de Lebre Malandrinho é um dos mais apreciados. Ingredientes: lebre, arroz, azeite, tomate, cebola, louro, alho, cenoura, piri-piri, salsa e sal.
Perdiz de Escabeche de Alpedrinha
Mais um dos variadíssimos e saborosos pratos de caça. Composto por: perdiz, vinagre, azeite, sal e alho
A Região » Gastronomia » Sobremesas
Gargantas de Freira:
Francisco Muñoz Gomes (Paco), um espanhol que vivia em Lisboa, ao vir viver para a Covilhã, abriu a "Pastelaria Lisboa", no início deste século. Então criou este doce, dizendo que era uma receita proveniente de um convento e daí o nome "Gargantas de Freira". Este leva fios de ovos enrolados em capa de hóstia.
Rapsódia
Rapsódia foi criada por Sr.ª D. Isabel Varão e é composta por 4 sobremesas da Região: doce de abóbora, requeijão, arroz doce e leite creme.
Para provar esta iguaria terá que se deslocar a Gouveia.
Tigelada:
Na tentativa de aproveitar os ovos das galinhas, na região de Oliveira do Hospital criaram-se várias sobremesas, das quais se destaca a tão apreciada Tigelada. Esta surgiu da junção de ovos com leite, farinha maizena, açúcar e canela em pó. Esta é mais uma deliciosa sobremesa beirã.
Cavacas de Pinhel:
Nasceram das cozinhas dos velhos Conventos de Portugal as melhores iguarias da mesa Portuguesa.
Do Convento de Santa Clara de Pinhel nasceram as saborosas Cavacas, que, criadas há centenas de anos, ainda hoje são delícia a apreciar.
Cantaram-nas os poetas e os músicos nas suas composições, e em 1939, constituíram um "Quadro de Revista" que nunca mais se esquece.
A sua receita contém: ovos, açúcar, farinha, óleo de girassol e baunilha.
Bolo de Azeite:
É uma tradição do dia de Todos os Santos e na época da Páscoa os padrinhos de baptismo oferecem, ainda hoje, aos afilhados este Bolo composto por azeite, ovos, farinha e sal.
Biscoitos:
Estes biscoitos são uma tradição na Covilhã, Fundão e na Guarda, onde são conhecidos por "Cristas".
Habitualmente este Bolo, pouco doce, acompanha a hora da tomada do chá.
Talassas:
Típicas da Covilhã, as Talassas contam com os seguintes ingredientes: farinha, ovos, açúcar e manteiga.
Sardinhas Doces de Trancoso:
As irmãs do Convento de Santa Clara, em Trancoso, eram detentoras de autênticas especialidades a nível de doçaria. Como as morcelinhas de amêndoa, o folar da Páscoa, o bolo doce que acompanhava o queijo de ovelha amanteigado, as cavacas e a bola de folhas.
Para além destes doces o mais famoso é sem dúvida as tradicionais Sardinhas Doces de Trancoso, sem escamas nem espinhas e com tripinhas de amêndoa.
O Convento de santa Clara iniciou-se com 4 irmãs e estas, para poderem sobreviver, começaram a fabricar os doces acima mencionados.
Após a morte das outras irmãs, Maria da Luz, conhecedora da receita da Sardinhas Doces de Trancoso, recusou-se a divulgar o segredo da receita. Porém, alguém pertencente ao convento, após a morte da irmã, revelou o segredo.
Ingredientes: farinha de trigo; azeite; ovo; sal fino; água para a massa. No Recheio: açúcar; gemas batidas; miolo de amêndoa e água. Na cobertura: tabuleta de chocolate; açúcar amarelo e margarina.
Requeijão à Moda da D. Rosalina:
Há mais de 50 anos que a Sr.ª D. Rosalina Camelo teve a brilhante ideia de fazer acompanhar o requeijão fresco com doce de abóbora salpicado de amêndoa triturada. Esta sobremesa é já hoje considerada um ex-libris da Região.
Pudim de Requeijão de Trancoso:
Também esta sobremesa faz parte da tradicional doçaria de Trancoso contendo os seguintes ingredientes: açúcar; requeijão; farinha; gemas de ovos; claras; licor de amêndoa e raspa de limão.
Doce de Requeijão com Amêndoa:
Em Trancoso fabrica-se o queijo de ovelha, daí ser utilizado nas sobremesas. Em relação às amêndoas, elas vêm da Meda ou Vila Nova de Foz Côa (açúcar; gemas de ovos; água; requeijão e miolo de amêndoa).
Queijadinhas Serranas:
Como em toda a Região da Serra da Estrela havia doces típicos alusivos a ela, o Sr. Francisco, proprietário de uma pastelaria, na Covilhã, decidiu, também ele, criar um doce com requeijão e daí nasceram estas afamadas Queijadinhas Serranas feitas à base de farinha, ovos, açúcar e requeijão).
Filhós:
É uma tradição da época de Natal. Em toda a boa mesa desta região, devem constar filhoses feitas à base de uma massa composta por farinha, ovos, azeite para fritar, fermento, azeite e um cálice de águardente. De referir que se deve amassar a massa nos joelhos. Depois de bem amassadas e esticadas, fritam-se em azeite.
Rabanadas da Beira:
As Rabanadas fazem, também, parte da tradição de Natal. Levam leite de cabra, farinha de trigo sem fermento, ovos, sal e pão de trigo (sêmea); depois de fritas em azeite virgem, são pulverizadas com açúcar e canela.
Lampreia de Ovos
Sobremesa tradicional nas duas épocas festivas, Natal e Páscoa. Tanto pode ter o formato de uma lampreia, como de uma galinha com pintainhos. Ingredientes: fios de ovos.
Órgão:
Mais uma deliciosa sobremesa da cidade da Covilhã. Ingredientes: ovos, farinha, açúcar, manteiga, aguardente, sal e azeite (para a massa); açúcar, amêndoa, gemas e fios de ovos (para o recheio e ornamentação).
Massapães
Tradicionais da Covilhã, os Massapães são compostos por: açúcar, amêndoa, clara de ovo e hóstia.
Papas de Carolo:
Sobremesa muito popular, na época de Inverno, na Covilhã e na Guarda, é confeccionada à base de milho, finamente moído, amarelo ou branco e que tanto pode ser servida quente como fria. Ingredientes: milho moído; leite; água; açúcar; sal e canela.
Arroz Doce:
O tão conhecido e tradicional doce é feito em pequenas porções com ovos caseiros, açúcar, arroz e leite com casca de laranja. É enfeitado com canela em pó, em desenho gradeado.
Leite Creme:
Esta sobremesa simples e saborosa é composta por ovos caseiros, açúcar, farinha e leite fresco. É queimado, na hora, com ferro em brasa, aquecido nas brasa das lareiras.
Casamento Feliz
Sobremesa tradicional das aldeias do concelho de Seia, servido em dias de festas "casamentos", é realmente feliz esta ligação do arroz doce confeccionado sem ovos e coberto depois com leite creme queimado.
Curiosidades - Figuras Históricas
Pêro da Covilhã - Preparador da chegada
de Vasco da Gama à Índia - A necessidade de atingir a Índia por mar, levou D.
João II a conceber uma política de avanços sucessivos no mar. Na parte
ocidental africana, o rei lançou Bartolomeu Dias que viria a dobrar o Cabo da
Boa Esperança. No Índico, na costa oriental de África e na parte ocidental
indiana, foi Pêro da Covilhã o explorador. A ele se devem as informações que
permitiram a consequente certeira viagem de Vasco da Gama e a descoberta do
caminho marítimo que transformou a história.
Mestre José Vizinho - A latitude dos mares - O famoso Mestre José referido por Cristóvão Colombo que muito aprendeu dos seus conhecimentos astrológicos, era cosmógrafo e médico de D. João II. A grande invenção do séc. XV foi a descoberta da navegação astronómica com a consequente introdução de escalas de latitudes nas cartas de marear. A sistematização do método revelou como artífice do processo este grande judeu covilhanense. Estes estudos passaram a significar a liderança da técnica portuguesa do mar.
Rui Faleiro - A longitude dos mares - Cosmógrafo covilhanense, nascido em finais do séc. XV, foi o principal organizador científico da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães em Sevilha. O conhecimento da longitude no mar era fundamental pois completava os métodos já conhecidos para determinar a latitude e permitir a localização das naus na superfície dos mares. Rui Faleiro foi o grande artífice da avaliação da longitude a partir do lugar de observador.
Francisco Faleiro - A declinação magnética - Irmão de Rui, cosmógrafo, foi o autor da primeira exposição que inferia a declinação magnética do ângulo de duas sombras lançadas em vertical sobre o plano de horizonte, quando o sol atingisse alturas iguais antes e depois do meio-dia. Elaborou em Sevilha, 1535, o Tratado del Mundo y del Arte del Marear, cronologicamente a segunda obra do séc. XVI que desenvolve o estudo dos fenómenos do magnetismo terrestre.
Mestre José Vizinho - A latitude dos mares - O famoso Mestre José referido por Cristóvão Colombo que muito aprendeu dos seus conhecimentos astrológicos, era cosmógrafo e médico de D. João II. A grande invenção do séc. XV foi a descoberta da navegação astronómica com a consequente introdução de escalas de latitudes nas cartas de marear. A sistematização do método revelou como artífice do processo este grande judeu covilhanense. Estes estudos passaram a significar a liderança da técnica portuguesa do mar.
Rui Faleiro - A longitude dos mares - Cosmógrafo covilhanense, nascido em finais do séc. XV, foi o principal organizador científico da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães em Sevilha. O conhecimento da longitude no mar era fundamental pois completava os métodos já conhecidos para determinar a latitude e permitir a localização das naus na superfície dos mares. Rui Faleiro foi o grande artífice da avaliação da longitude a partir do lugar de observador.
Francisco Faleiro - A declinação magnética - Irmão de Rui, cosmógrafo, foi o autor da primeira exposição que inferia a declinação magnética do ângulo de duas sombras lançadas em vertical sobre o plano de horizonte, quando o sol atingisse alturas iguais antes e depois do meio-dia. Elaborou em Sevilha, 1535, o Tratado del Mundo y del Arte del Marear, cronologicamente a segunda obra do séc. XVI que desenvolve o estudo dos fenómenos do magnetismo terrestre.
s Tortosendenses
continuam a ser ardorosos devotos, acorrendo em grande número à sua festa que
se realiza, anualmente, no domingo anterior à Ascensão, situada num local bem
aprazível e de onde se pode desfrutar um dos mais belos panoramas da região.
Mas muitos são ainda aqueles que lembram, com saudade, o tempo em que a Festa
de Nossa Senhora dos Remédios se realizava em quinta-feira da Ascensão,
juntando a essa saudade uma certa mágoa pelo fato da festa ter mudado de dia,
ainda antes da Ascensão ter deixado de ser dia santo de guarda, não encontrando
assim justificação aceitável.
Todavia, a celebração da Festa nesta data era uma situação excepcionalíssima no país, não era um direito adquirido pelos tortosendenses, já que um dia destinado no calendário litúrgico cristão a uma celebração tão importante como a subida de Cristo ao Céu, não deveria ser partilhada com qualquer outra "para que não perdesse de forma alguma o seu brilho". Assim sendo, todos os anos algum tempo antes da Festa, ia o Prior de então, reverendo Padre Ardérius, com elementos da comissão das Festas, pedir uma autorização especial ao Senhor Bispo da Guarda, "com o argumento de que era tradição a realização da festa nesse dia" e, ano a ano, acedia o digníssimo Prelado, correspondendo, desta forma, ao desejo do povo do Tortosendo.
Mas num determinado ano o senhor Prior, invocando "que a lei deveria ser cumprida que em algum ano havia que começar", resolveu não ir à Guarda e decidiu que a festa passasse para o domingo seguinte. Não aceitou bem a Comissão de Festas tal decisão e demitiu-se, não obstando, no entanto, a que a mesma se celebrasse, por iniciativa do Pároco. Estranhou o povo tal mudança e estranhou, mais ainda, o fato de, contrariamente ao que acontecera, os campos e pinhais à volta da Capela estarem vedados, argumentando os proprietários que "era dos usos e costumes da região que as sementeiras se iniciassem logo após a Ascensão", pelo que os trabalhos já haviam sido iniciados, nesse ano. Facilmente esta dificuldade foi ultrapassada nos anos seguintes, pois passou, então, a Festa a ocorrer, no domingo anterior à Ascensão, para que os romeiros pudessem merendar livremente nos campos e pinhais circundantes.
Para dar "mais pompa e luzimento" à Festa de Nossa Senhora dos Remédios constituiu-se, cerca de 1940, uma Comissão que se compunha de um Juiz, um Tesoureiro, Gerentes e outros colaboradores e durante vários anos não sofreu grandes alterações.
Todavia, a celebração da Festa nesta data era uma situação excepcionalíssima no país, não era um direito adquirido pelos tortosendenses, já que um dia destinado no calendário litúrgico cristão a uma celebração tão importante como a subida de Cristo ao Céu, não deveria ser partilhada com qualquer outra "para que não perdesse de forma alguma o seu brilho". Assim sendo, todos os anos algum tempo antes da Festa, ia o Prior de então, reverendo Padre Ardérius, com elementos da comissão das Festas, pedir uma autorização especial ao Senhor Bispo da Guarda, "com o argumento de que era tradição a realização da festa nesse dia" e, ano a ano, acedia o digníssimo Prelado, correspondendo, desta forma, ao desejo do povo do Tortosendo.
Mas num determinado ano o senhor Prior, invocando "que a lei deveria ser cumprida que em algum ano havia que começar", resolveu não ir à Guarda e decidiu que a festa passasse para o domingo seguinte. Não aceitou bem a Comissão de Festas tal decisão e demitiu-se, não obstando, no entanto, a que a mesma se celebrasse, por iniciativa do Pároco. Estranhou o povo tal mudança e estranhou, mais ainda, o fato de, contrariamente ao que acontecera, os campos e pinhais à volta da Capela estarem vedados, argumentando os proprietários que "era dos usos e costumes da região que as sementeiras se iniciassem logo após a Ascensão", pelo que os trabalhos já haviam sido iniciados, nesse ano. Facilmente esta dificuldade foi ultrapassada nos anos seguintes, pois passou, então, a Festa a ocorrer, no domingo anterior à Ascensão, para que os romeiros pudessem merendar livremente nos campos e pinhais circundantes.
Para dar "mais pompa e luzimento" à Festa de Nossa Senhora dos Remédios constituiu-se, cerca de 1940, uma Comissão que se compunha de um Juiz, um Tesoureiro, Gerentes e outros colaboradores e durante vários anos não sofreu grandes alterações.
Tinha a comissão a seu cargo,
toda a organização da Festa e ainda um trabalho muito cuidadoso, o da
"atualização automática do Caderno dos Mordomos e Mordomas de Nossa
Senhora": havia a preocupação de inscrever imediatamente as crianças que
nasciam ou aquelas outras pessoas que vinham de novo para o Tortosendo, sendo
assim nomeados mordomos ou mordomas, chegando-se a 231 e 188 respectivamente,
num total de 419, número bastante representativo.
Entretanto já perto da Festa, a
Comissão enviava-lhes uma carta-circular, apelando à sua generosidade, de modo
a angariar mais fundos.
Alguns dias antes, era Nossa Senhora trazida da sua ermida, sem procissão, até à Igreja Paroquial, onde o andor era então, enfeitado com flores artificiais, sedas e cetins nas cores branca e azul, os quais haviam sido cuidadosamente guardados de um ano para outro. E era imediatamente a seguir à celebração da Missa da Hora que se dava início à única Procissão, com as imagens de Nossa Senhora e de S. José. Abriam-na dois altos e pesados estandartes, um de Nossa Senhora dos Remédios e outro do Santíssimo, cada um deles levado por um homem bem possante, codjuvado por mais dois companheiros que, segurando em cordas que pendiam lateralmente do alto, os ajudavam a equilibrar, todos eles envergando as opas pertencentes à Comissão, que ficavam ao longo do ano à guarda do Juiz.
Os Anjos espalhavam-se pela Procissão, mas sempre à frente da Nossa Senhora. Atrás deste andor seguiam pessoas com suas ofertas de: galinhas, coelhos, pombos, pães-de-ló que "eram dadas pelas pessoas que viviam bem e por todas as que faziam promessas por doenças, quando os filhos iam para a tropa ou por qualquer afronta". Também já se cumpriam promessas indo descalço ou levando velas da altura respectiva. "A procissão do dia era assim imponente". Na Capela havia missa cantada com três padres e sermão, e fazia-se a leitura dos nomes dos mordomos e mordomas.
Somente em plena segunda Guerra, e com a intenção muito especial de se pedir pela paz, é que se resolveu fazer uma Procissão das Velas, à noite, na véspera da festa, tendo vindo Nossa Senhora em procissão o que aconteceu pela primeira vez, mas veio afinal a tornar-se na expressão máxima da devoção a Nossa Senhora. Nessa ocasião, e pela primeira vez, "o andor foi enfeitado com flores naturais (exclusivamente novelos)" que se pediram em várias casas. Nesta Procissão as senhoras vinham em duas filas, com velas e terminava com o andor de Nossa Senhora e os homens, em grande número seguiam atrás cantando.
Nossa Senhora dos Remédios,
rogai por nós.
Marcha do Tortosendo
ArtesanatoAlguns dias antes, era Nossa Senhora trazida da sua ermida, sem procissão, até à Igreja Paroquial, onde o andor era então, enfeitado com flores artificiais, sedas e cetins nas cores branca e azul, os quais haviam sido cuidadosamente guardados de um ano para outro. E era imediatamente a seguir à celebração da Missa da Hora que se dava início à única Procissão, com as imagens de Nossa Senhora e de S. José. Abriam-na dois altos e pesados estandartes, um de Nossa Senhora dos Remédios e outro do Santíssimo, cada um deles levado por um homem bem possante, codjuvado por mais dois companheiros que, segurando em cordas que pendiam lateralmente do alto, os ajudavam a equilibrar, todos eles envergando as opas pertencentes à Comissão, que ficavam ao longo do ano à guarda do Juiz.
Os Anjos espalhavam-se pela Procissão, mas sempre à frente da Nossa Senhora. Atrás deste andor seguiam pessoas com suas ofertas de: galinhas, coelhos, pombos, pães-de-ló que "eram dadas pelas pessoas que viviam bem e por todas as que faziam promessas por doenças, quando os filhos iam para a tropa ou por qualquer afronta". Também já se cumpriam promessas indo descalço ou levando velas da altura respectiva. "A procissão do dia era assim imponente". Na Capela havia missa cantada com três padres e sermão, e fazia-se a leitura dos nomes dos mordomos e mordomas.
Somente em plena segunda Guerra, e com a intenção muito especial de se pedir pela paz, é que se resolveu fazer uma Procissão das Velas, à noite, na véspera da festa, tendo vindo Nossa Senhora em procissão o que aconteceu pela primeira vez, mas veio afinal a tornar-se na expressão máxima da devoção a Nossa Senhora. Nessa ocasião, e pela primeira vez, "o andor foi enfeitado com flores naturais (exclusivamente novelos)" que se pediram em várias casas. Nesta Procissão as senhoras vinham em duas filas, com velas e terminava com o andor de Nossa Senhora e os homens, em grande número seguiam atrás cantando.
Nossa Senhora dos Remédios,
rogai por nós.
Marcha do Tortosendo
Passam
ranchos de abalada
A caminho do tear Numa alegre chilreada É Tortosendo a passar. |
Terra de
trabalho e cor
E de gaiatas morenas A tecer teias de amor Em urdiduras de penas |
|
Tortosendo
bela terra
Sempre airosa e prezenteira Encostado à beira serra No lindo Rincão da Beira. |
||
Tem o
Zêzere a seus pés
A beijar os salgueirais Onde as Marias e os Zés Vão trocar seus madriguais. |
||
No dia da
romaria
Senhora da Oliveira Toda a gente rodopia No bailarico da Feira. |
Há
foguetes a estalar
Pinga a sardinha na broa E o povo põe-se a cantar Tortosendo é terra boa. |
Bonecos de trapo de Sobral São Miguel
Peças em cobre de Unhais da SerraPeças em madeira de Unhais da Serra
Mantas de Ourelos de Unhais da Serra
Casas Típicas de Sobral de São Miguel
Leques de Sobral de São Miguel
Miniaturas de Xistos de Casegas
Localização
As origens do Tortosendo perdem-se nos tempos. Não se pode afirmar que o Tortosendo existisse na época romana ou goda. Quanto ao nome, existem de facto indícios que seja de origem goda, enquanto que a lenda o atribui a um homem de nome "Zendo" que, segundo se diz, era torto.
Tudo leva a crer que o Tortosendo surgira no início da nacionalidade, sabendo-se de certeza que em 1320 já existia como aglomerado populacional. O documento mais antigo que se refere ao Tortosendo é o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarve pelos anos de 1320 e 1321 com a lotação de cada uma delas". Consta deste documento que o Papa João XXII por uma Bula datada de 23 de Maio de 1320 concedera ao Rei D. Dinis, por dois anos, a décima das rendas eclesiásticas do reino. É neste documento que existe a referência a "Tortuzendo" com duas igrejas: S. Maria e S. Miguel.
Por falta de dados estatísticos não é possível determinar a evolução demográfica e sociológica do Tortosendo antes de 1615. Nesta data o Tortosendo contava já com 600 habitantes e 150 fogos. Em 1980 o Tortosendo contava já com cerca de 5400 habitantes e 1500 fogos.
Marcha do Tortosendo
Passam ranchos de abalada
A caminho do tear
Numa alegre chilreada
É Tortosendo a passar.
A caminho do tear
Numa alegre chilreada
É Tortosendo a passar.
Terra de trabalho e cor
E de gaiatas morenas
A tecer teias de amor
Em urdiduras de penas
E de gaiatas morenas
A tecer teias de amor
Em urdiduras de penas
Tortosendo bela terra
Sempre airosa e prezenteira
Encostado à beira serra
No lindo Rincão da Beira.
Encostado à beira serra
No lindo Rincão da Beira.
Tem o Zêzere a seus pés
A beijar os salgueirais
Onde as Marias e os Zés
Vão trocar seus madriguais
A beijar os salgueirais
Onde as Marias e os Zés
Vão trocar seus madriguais
No dia da romaria
Senhora da Oliveira
Toda a gente rodopia
No bailarico da Feira.
Senhora da Oliveira
Toda a gente rodopia
No bailarico da Feira.
Há foguetes a estalar
Pinga a sardinha na broa
E o povo põe-se a cantar
Tortosendo é terra boa.
Pinga a sardinha na broa
E o povo põe-se a cantar
Tortosendo é terra boa.
Covilhã:
Porta da Serra da Estrela, esta é a terra da indústria
da lã, berço de descobridores de quinhentos, hoje cosmopolita cidade
universitária.
Na vertente sudeste da Serra da Estrela, a Covilhã (54.507 hab.) é um dos principais centros urbanos do interior do país. A cidade está localizada a 20 Km do ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre(2.000 m) e o seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 m de altitude. É uma urbe de características muito próprias desde há séculos, conjugando em simultâneo factos únicos na realidade portuguesa.
Na vertente sudeste da Serra da Estrela, a Covilhã (54.507 hab.) é um dos principais centros urbanos do interior do país. A cidade está localizada a 20 Km do ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre(2.000 m) e o seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 m de altitude. É uma urbe de características muito próprias desde há séculos, conjugando em simultâneo factos únicos na realidade portuguesa.
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SINES
Sines
Desde a Pré-História, o mar e os seus recursos têm definido a economia, a cultura, a composição e até a mentalidade das gentes locais. Os primeiros vestígios que provam a existência de populações humanas no concelho remontam ao Paleolítico.
O elemento marítimo tem tido uma presença constante na História do concelho de Sines, tendo sido inclusive berço do grande navegador Vasco da Gama. Desde a Pré-História aos dias de hoje, o mar e os seus recursos têm definido a economia, a cultura, a composição e até a mentalidade das gentes locais.
Os primeiros vestígios que provam a existência de populações humanas no concelho remontam ao Paleolítico, junto das ribeiras da Junqueira, Morgavel e Borbolegão. A partir do período Neolítico, os grupos autóctones começaram a fixar-se nas praias e em pontos altos e costeiros. Vestígios de alguns desses povoamentos são hoje visíveis em estações arqueológicas como a de Monte Novo, Palmeirinha e Quitéria.
Da Idade do Ferro, há registo da presença celta (da tribo Cinetos, da qual poderá derivar a toponímia de Sines) e púnica. O Tesouro do Gaio, descoberto numa herdade do concelho, em 1966, e actualmente sob a égide do Museu Arqueológico de Sines, é de origem púnica.
O período romano é um dos mais estudados da História de Sines. Com os romanos, o concelho definiu-se, pela primeira vez, como centro portuário e industrial. A baía de Sines, protegida das investidas do vento norte, era o porto da cidade de Miróbriga. Sob o poder de Roma, Sines e a ilha do Pessegueiro tornaram-se pólos do fabrico de salgas de peixe. A segunda hipótese da origem etimológica de Sines é também romana: sinus – baía ou seio, que é a configuração do cabo de Sines visto do monte Chãos.
A Alta Idade Média foi o período de maior indefinição na História de Sines. O Museu Arqueológico apresenta cantarias visigóticas que atestam a existência de uma basílica do séc. VII no local onde hoje se situa a igreja matriz. Durante a ocupação árabe do Sul da Península, Sines foi praticamente esquecida.
A autonomia administrativa em relação a Santiago do Cacém foi conseguida em 24 de Novembro de 1362, quando D. Pedro I concedeu carta régia a Sines, interessado na sua função defensiva. Em troca, os homens-bons de Sines comprometeram-se a construir uma fortaleza que materializasse esse papel investido na defesa da costa. Essa fortaleza é o Castelo de Sines, onde, de acordo com o historiador Arnaldo Soledade, nasceu, em 1469, Vasco da Gama, filho do alcaide da vila, Estêvão.
A aldeia de Porto Covo foi fundada no final do séc. XVIII por Joaquim da Costa Bandeira, no pressuposto de aí serem construídos dois portos: um de pesca e outro comercial.
No séc. XIX, com a expansão do liberalismo, o concelho deixou de pertencer à Ordem de Santiago de Espada (domínio que se verificava desde o início do séc. XIII) e acaba mesmo por ser extinto, em 1855. O século XX em Sines, que praticamente começa com a restauração do município, em 1914, divide-se em dois períodos: o pré e o pós-complexo industrial.
No séc. XIX, com a expansão do liberalismo, o concelho deixou de pertencer à Ordem de Santiago de Espada (domínio que se verificava desde o início do séc. XIII) e acaba mesmo por ser extinto, em 1855. O século XX em Sines, que praticamente começa com a restauração do município, em 1914, divide-se em dois períodos: o pré e o pós-complexo industrial.
Em 1970, Sines era ainda um concelho eminentemente piscatório e, de certa forma, deprimido, que, para além da proximidade do mar e de uma composição populacional mais heterogénea, pouco se distinguia das restantes localidades alentejanas.
O grande complexo portuário-industrial criado pelo governo de Marcello Caetano em Sines, com a intenção de dotar Portugal de autonomia em sectores fundamentais, como a energia e a transformação de matérias-primas, mudou radicalmente o concelho. As obras arrancaram em 1973 e coincidiram com a grave crise económica que abalou o mundo ocidental. Sines tornou-se um pólo de imigração, com consequências no rejuvenescimento e diversificação da sua população. O nível de vida subiu de uma maneira geral, em prejuízo de algumas classes, em especial a dos agricultores. A paisagem ganhou elevado grau de intervenção humana, muitas vezes requerendo empenhamento dos locais para a defesa da sua integridade – a Greve Verde realizada em 1982, a primeira do país, constituiu um marco da luta ecologista em Portugal.
Na zona sul ainda se encontram pequenos núcleos de pescadores que utilizam na pesca costeira uma jangada construída com canas, na qual lançam os covos (de arame) para a captura da navalheira, da moreia e do safio.
História
O povoamento da região do Alentejo Litoral é bastante remoto, como o provam os numerosos vestígios de culturas anteriores à romanização. Durante os primeiros séculos da nossa era, a região, tal como aconteceu com todo o território que iria posteriormente formar Portugal, pertenceu ao Império Romano. Essa matriz moldou a nossa língua e a nossa cultura; deixou no Alentejo Litoral inúmeros registos, escritos em pedra e em mosaicos, cisternas e fóruns, em cidades desaparecidas e velhos monumentos.
Em Miróbriga, revive-se as corridas de carros puxados por cavalos Lusitanos, que atraíam multidões ao hipódromo da cidade, para depois tentar imaginar nas ruínas dos edifícios do século I dessa cidade o dia-a-dia urbano de há dois mil anos.
Em 1172 foi criada, na então leonesa Cáceres, a Ordem Militar de Santiago de Espada. Nesse mesmo ano D. Afonso Henriques “importou-a” para Portugal, que, por esta altura, ainda não era considerado um reino pela autoridade máxima da época: o Papa. A ordem veio a desempenhar um papel determinante no povoamento, defesa e exploração da região.
O domínio exercido pela Ordem de Santiago não facilitou o povoamento do Alentejo Litoral. Como resultado da abolição das ordens religiosas, formaram-se grandes latifundiários. A exploração agrícola vai ser, na generalidade, extensiva: pinhal e sobrado, com destaque para a área de Grândola e Santiago do Cacém, onde se chegaram a desenvolver algumas indústrias corticeiras. As culturas cerealíferas (em vastas planícies) e a pastorícia também assumiram relevância na economia da região.
A partir do séc. XIX, outra cultura vai nascer no estuário do Sado, estendendo-se até próximo do Torrão – o arroz, que vai provocar ondas migratórias (de beirões, galegos, algarvios e africanos) para responder à carência de mão-de-obra.
O trigo e a cortiça foram também responsáveis, a partir da segunda metade do séc. XX, pela atracção de imigrantes e geradores de esperança nas pessoas da terra. Os arrozais expandiram-se depois da 2ª Grande Guerra, com a entrada em funcionamento dos regadios do sistema do Sado, e contribuíram para o isolamento e fragilização do território (criação de um proletariado rural misto de nativos e migrantes, introdução do paludismo, etc.). Alguns pescadores camponeses do litoral, na sua maior parte provenientes da Beira Litoral, foram-se deslocando ao longo da costa e constituindo novas comunidades, como a da lagoa de Santo André.
Geografia
A construção do pólo industrial e urbano de Sines-Santo André, o Plano de Irrigação do Alentejo e o conjunto de projectos turísticos para o litoral constituíram as principais iniciativas levadas a cabo desde 1950 para promover o Alentejo Litoral. A capacidade de fixação na terra foi, porém, reduzida. A partir dos anos 60, verificam-se vagas migratórias para Lisboa e emigratórias para África e Europa (a tendência inverteu-se).
Dotada de recursos naturais notáveis, a sub-região do Alentejo Litoral apresenta uma localização geoestratégica excelente, entre a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve. Compreende 5 concelhos: Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines (do distrito de Setúbal) e Odemira (do distrito de Beja).
A região limita a norte com a Península de Setúbal e o Alentejo Central, a leste com o Baixo Alentejo, a sul com o Algarve e a oeste com o Oceano Atlântico. Representa uma área geográfica de 5261 km² e uma população de 99.976 habitantes (1991-2001).
O povoamento concentrado, arranjo típico alentejano fixa-se para sul do rio Sado e prolonga-se ao longo do Alentejo Litoral. Exceptuando nos centros urbanos, a população habita em montes que têm o seu arquétipo nas vilas romanas.
O sobreiro dá à paisagem a marca mediterrânica. No vale do Sado, em Alcácer, o pinheiro manso rivaliza com o sobreiro – é do pinhão que se produz artesanalmente um delicioso doce local: a pinhoada. O predomínio do sequeiro é uma das características da paisagem, em que o montado é relevante, ainda que se cultive também o olival. Apesar da extensa exploração silvícola, também aqui se encontra campos desprovidos de arvoredo. Os pousios, que podem durar até sete anos, favorecem sobretudo a criação de gado ovino.
Grândola, concelho predominantemente agro-pastoril, foi construindo a sua sede numa zona relativamente plana. Segue-se Santiago do Cacém, de cumeada, e Sines, de planície e odores marinhos. De um lado, o mar cor de azul-cobalto, extensas praias de areia branca, e zonas lagunares como a de Santo André. Do outro, o interior coberto de montado, que se adensa para o lado da Abela e de onde se extrai excelente cortiça.
Odemira, finalmente, conserva o contraste entre a planura e aridez alentejanas, a norte, e os terrenos ondulados de abundante vegetação, a sul, em semelhança geográfica com o Algarve. Também aqui se encontra uma flora tipicamente serrana, da qual se destaca o medronheiro, cujo fruto é destilado para o fabrico da famosa aguardente de medronho.
Artesanato
O artesanato utilitário do Alentejo Litoral combina os recursos locais e os saberes tradicionais, destinando-se exclusivamente à satisfação das necessidades da comunidade rural. É o caso do abegão e do tanoeiro de Santiago do Cacém; do oleiro de Melides; do latoeiro/arameiro de Alvalade do Sado; do cadeireiro e do empalhador de garrafões de Grândola; do esteireiro de Casebres; dos cesteiros de Sines, Casebres e Grândola.
Os cestos em fibras vegetais foram os recipientes utilizados no transporte de materiais sólidos até à generalização do plástico. Nesta função, assumiam vantagens sobre a bilha de barro ou a celha de madeira, por serem mais leves e inquebráveis.
Para além da representação caricatural de personagens e tipos do meio rural em barro (o médico ou o vizinho; o baile ou a tourada) e da arte criada pelos pastores locais, minuciosa e satírica, as artes de embelezamento estão também presentes nesta região – estes trabalhos manuais contribuem para criar na casa alentejana maior comodidade e harmonia. É o caso das rendas de gancho e agulha de Alcácer do Sal; das mantas de retalhos e das molduras em cortiça da Sonega (Santiago do Cacém); das garrafas, bilhas e potes revestidos de cortiça natural, de Grândola.
Gastronomia
O Alentejo Litoral apresenta uma grande diversidade gastronómica, pois, dada a proximidade do mar, incorpora variados pratos de peixe e marisco, contrariamente à cozinha alentejana em geral, dominada pela carne de porco e de borrego.
A gastronomia da região é, para além disso, tradicionalmente sazonal. Novembro, Dezembro e Janeiro eram os meses da matança do porco. Os borregos eram mortos na Páscoa. O ensopado de borrego, o borrego assado no forno ou então guisado com ervilhas, entre outros cozinhados, são verdadeiras iguarias. A esta tradição juntam-se as épocas em que surgem algumas das verduras ou dos temperos para as recorrentes sopas ou açordas: os coentros, os poejos, a hortelã e muitos mais.
Além das migas, à base de carne de porco, ou dos pratos de borrego, no Alentejo Litoral surgem frequentemente o ensopado de enguias e o tradicional caldo de cação. Desde o séc. XVI que este peixe é uma presença habitual à mesa. Um pouco por toda a região, a caldeirada e o peixe grelhado, além de outras iguarias de origem marinha, compõem a riqueza da cozinha litoral alentejana.
Contudo, as carnes, nomeadamente os enchidos, não deixam de ocupar um lugar de destaque. O porco é temperado com massa de pimentão e, não raras vezes, conservado e cozinhado na sua própria manteiga. Entre os enchidos, predominam as linguiças, os chouriços de sangue e os paios, que se encontram à venda em todos os talhos da região. Em muitas padarias e mercearias pode-se adquirir os famosos e muitos apreciados bolos de torresmos.
Feijoada de Búzio
Concelho: Sines
600 g de miolo de búzios
0,5 kg de feijão encarnado ou catarino
2 tomates pelados
1 pimento verde
1 ramo de salsa
1 folha de louro
2 dentes de alho
2 cebolas
1 dl de azeite
sal, pimenta e piripiri q.b.
0,5 kg de feijão encarnado ou catarino
2 tomates pelados
1 pimento verde
1 ramo de salsa
1 folha de louro
2 dentes de alho
2 cebolas
1 dl de azeite
sal, pimenta e piripiri q.b.
Preparação:
Num recipiente coloque o feijão a demolhar em água fria com uma antecedência de 12 horas. Depois de demolhado, lave e ponha a cozer, num tacho em água fria. Em seguida, coza o miolo dos búzios em água e sal durante 45 a 60 minutos. Depois de cozido, retire para um recipiente e deixe arrefecer. Corte em pedaços. À parte, num tacho, refogue em azeite o alho e a cebola picada finamente. Adicione a folha de louro e o ramo de salsa e deixe alourar.
Num recipiente coloque o feijão a demolhar em água fria com uma antecedência de 12 horas. Depois de demolhado, lave e ponha a cozer, num tacho em água fria. Em seguida, coza o miolo dos búzios em água e sal durante 45 a 60 minutos. Depois de cozido, retire para um recipiente e deixe arrefecer. Corte em pedaços. À parte, num tacho, refogue em azeite o alho e a cebola picada finamente. Adicione a folha de louro e o ramo de salsa e deixe alourar.
Depois, junte o pimento, previamente limpo de sementes, lavado e cortado em cubos pequenos. Entretanto, tire o pedúnculo ao tomate. Escalde em água a ferver para que a pele e as sementes saiam facilmente. Pique o tomate e ponha no refogado. Deixe apurar. Adicione os pedaços de búzios e tempere com sal, pimenta e piripiri. Acrescente o feijão já cozido e uma parte do líquido da sua cozedura e leve a ferver até apurar.
Areias de Sines
Ingredientes:
500 g de açúcar
150 g de amêndoa
180g de doce de chila
1 colher de sopa de manteiga
10 gemas
1 ovo inteiro
1 colher de sopa de farinha
500 g de açúcar
150 g de amêndoa
180g de doce de chila
1 colher de sopa de manteiga
10 gemas
1 ovo inteiro
1 colher de sopa de farinha
Preparação:
Leve o açúcar ao lume com 2 dl de água até fazer uma calda fraca. Junte a manteiga e a amêndoa pelada e ralada e misture bem, retire do lume e deixe arrefecer. Bata o ovo com a farinha e junte ao preparado anterior. Adicione as gemas ligeiramente batidas e o doce de chila. Mexa bem. Deite a massa em formas pequenas, untadas com manteiga e polvilhadas com farinha. Leve ao forno bem quente (250º C) durante cerca de 10 minutos. Corte quadrados de papel de seda de várias cores e embrulhe as areias utilizando dois papéis de cores diferentes sobrepostos para cada areia.
Leve o açúcar ao lume com 2 dl de água até fazer uma calda fraca. Junte a manteiga e a amêndoa pelada e ralada e misture bem, retire do lume e deixe arrefecer. Bata o ovo com a farinha e junte ao preparado anterior. Adicione as gemas ligeiramente batidas e o doce de chila. Mexa bem. Deite a massa em formas pequenas, untadas com manteiga e polvilhadas com farinha. Leve ao forno bem quente (250º C) durante cerca de 10 minutos. Corte quadrados de papel de seda de várias cores e embrulhe as areias utilizando dois papéis de cores diferentes sobrepostos para cada areia.
Fonte: Cozinha Tradicional Portuguesa (Editorial Verbo, 1998)
Açorda de Marisco
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
500 g de camarão
500 g de berbigão
500 g de amêijoas
500 g de pão
3 dentes de alho
4 colheres de sopa de azeite
1 ramo de coentros (pequeno)
3 ovos
sal
pimenta
piripiri
(para 4 pessoas)
500 g de camarão
500 g de berbigão
500 g de amêijoas
500 g de pão
3 dentes de alho
4 colheres de sopa de azeite
1 ramo de coentros (pequeno)
3 ovos
sal
pimenta
piripiri
Preparação:
Cozem-se os camarões em pouca água e côa-se esta. Abrem-se as amêijoas e os berbigões em recipientes separados e côam-se as respectivas águas. Junta-se a água dos três mariscos e leva-se ao lume a concentrar. Rega-se o pão com esta água. Alouram-se os dentes de alho com o azeite e introduz-se o raminho de coentros. Deixa-se fritar durante 1 minuto e junta-se o pão. Mexe-se com uma colher de pau de modo a obter-se uma açorda homogénea mas muito mole. Retiram-se os coentros e tempera-se com sal, pimenta e piripiri. Introduzem-se os mariscos na açorda, dá-se uma volta e retira-se do lume. Juntam-se imediatamente os ovos, mexe-se e serve-se sem demora.
Cozem-se os camarões em pouca água e côa-se esta. Abrem-se as amêijoas e os berbigões em recipientes separados e côam-se as respectivas águas. Junta-se a água dos três mariscos e leva-se ao lume a concentrar. Rega-se o pão com esta água. Alouram-se os dentes de alho com o azeite e introduz-se o raminho de coentros. Deixa-se fritar durante 1 minuto e junta-se o pão. Mexe-se com uma colher de pau de modo a obter-se uma açorda homogénea mas muito mole. Retiram-se os coentros e tempera-se com sal, pimenta e piripiri. Introduzem-se os mariscos na açorda, dá-se uma volta e retira-se do lume. Juntam-se imediatamente os ovos, mexe-se e serve-se sem demora.
Um espaço a perder de vista, um alentejo onde a paisagem rural se mistura, de forma ímpar, com os azuis do mar, numa harmonia que encanta e convida ao desfrute.
Praia e campo
Descubra as cores e os aromas que compõem o Alentejo Litoral e fazem da região um paraíso a descobrir. Explore as reservas e parques naturais, onde terá encontro marcado com as paisagens que caracterizam a região. Cegonhas, garças, aves de rapina, golfinhos, entre outras espécies, acrescem às inúmeras razões para conhecer os segredos do Alentejo Litoral.
Entre campos de cereais e pousios, estende-se uma diversidade de fauna e flora inegualável. Percorra os extensos areais de fina areia e os circuitos ambientais que o iniciam no mundo da observação de aves que são verdadeiros prodígios da natureza.
Este é um Alentejo recortado por falésias que se sobrepõem no horizonte, banhadas por um mar nem sempre calmo, mas eternamente belo e misterioso, de um azul forte, rendilhado de espuma branca e vigiado do alto por bandos de gaivotas.
Entre pinhais e salinas, praias e arrozais, faça passeios que apelam a todos os sentidos no rio Sado. Aproveite a oportunidade para confirmar a elegância dos flamingos. Os golfinhos do estuário tornarão a sua viagem inesquecível.
Sempre que o calor aperte, lembre-se que há água por perto. As barragens, essenciais para a conservação do mundo rural, convidam à descontracção, entre banhos, piqueniques e desportos aquáticos.
Descubra as cores e os aromas que compõem o Alentejo Litoral e fazem da região um paraíso a descobrir. Explore as reservas e parques naturais, onde terá encontro marcado com as paisagens que caracterizam a região. Cegonhas, garças, aves de rapina, golfinhos, entre outras espécies, acrescem às inúmeras razões para conhecer os segredos do Alentejo Litoral.
Entre campos de cereais e pousios, estende-se uma diversidade de fauna e flora inegualável. Percorra os extensos areais de fina areia e os circuitos ambientais que o iniciam no mundo da observação de aves que são verdadeiros prodígios da natureza.
Este é um Alentejo recortado por falésias que se sobrepõem no horizonte, banhadas por um mar nem sempre calmo, mas eternamente belo e misterioso, de um azul forte, rendilhado de espuma branca e vigiado do alto por bandos de gaivotas.
Entre pinhais e salinas, praias e arrozais, faça passeios que apelam a todos os sentidos no rio Sado. Aproveite a oportunidade para confirmar a elegância dos flamingos. Os golfinhos do estuário tornarão a sua viagem inesquecível.
Sempre que o calor aperte, lembre-se que há água por perto. As barragens, essenciais para a conservação do mundo rural, convidam à descontracção, entre banhos, piqueniques e desportos aquáticos.
Passeios no rio Sado
O branco das salinas, o azul do rio, o verde dos pinhais, o doirado dos areais – um passeio pelo estuário e pelas margens do rio Sado é garantia de uma extraordinária experiência visual.
No Outono e no Inverno, os elegantes movimentos dos flamingos cobrem o estuário de um belo manto cor-de-rosa e, na Primavera e no Verão, os quilómetros de praias da península de Tróia oferecem-lhe um mar de sonho e um mar de dunas que o podem esconder da vista de todos. Se preferir, tem a opção das calmas lagoas de água doce da Herdade do Pinheiro. Desde o Neolítico que os homens seguiram o curso do Rio Sado – que corre de Sul para Norte, ao contrário do que é habitual em Portugal – para aproveitar as dádivas da natureza, desenvolvendo actividades como a pesca, a exploração de sal ou a cultura do arroz. Hoje em dia, as 261 espécies de fauna, que podem ser avistadas nos 23 mil hectares que formam a Reserva Natural do Estuário do Sado, fazem a fama das terras do Sado e dos seus sapais. Observe as cegonhas-brancas que constroem os seus ninhos nas torres das igrejas, tornando-se presença familiar para os habitantes. Para bem finalizar esta experiência, suba a bordo de um antigo galeão de sal ou de uma traineira e aventure-se nas águas do Sado. Com um pouco de sorte, o seu passeio será alegrado pelo símbolo do estuário: os golfinhos, que acompanham os barcos com magníficos e elegantes mergulhos.
Mais informação em: http://www.nautur.com e http://www.rotasdosal.pt
O branco das salinas, o azul do rio, o verde dos pinhais, o doirado dos areais – um passeio pelo estuário e pelas margens do rio Sado é garantia de uma extraordinária experiência visual.
No Outono e no Inverno, os elegantes movimentos dos flamingos cobrem o estuário de um belo manto cor-de-rosa e, na Primavera e no Verão, os quilómetros de praias da península de Tróia oferecem-lhe um mar de sonho e um mar de dunas que o podem esconder da vista de todos. Se preferir, tem a opção das calmas lagoas de água doce da Herdade do Pinheiro. Desde o Neolítico que os homens seguiram o curso do Rio Sado – que corre de Sul para Norte, ao contrário do que é habitual em Portugal – para aproveitar as dádivas da natureza, desenvolvendo actividades como a pesca, a exploração de sal ou a cultura do arroz. Hoje em dia, as 261 espécies de fauna, que podem ser avistadas nos 23 mil hectares que formam a Reserva Natural do Estuário do Sado, fazem a fama das terras do Sado e dos seus sapais. Observe as cegonhas-brancas que constroem os seus ninhos nas torres das igrejas, tornando-se presença familiar para os habitantes. Para bem finalizar esta experiência, suba a bordo de um antigo galeão de sal ou de uma traineira e aventure-se nas águas do Sado. Com um pouco de sorte, o seu passeio será alegrado pelo símbolo do estuário: os golfinhos, que acompanham os barcos com magníficos e elegantes mergulhos.
Mais informação em: http://www.nautur.com e http://www.rotasdosal.pt
Barragens
A tradicional secura da paisagem alentejana alterou-se. Muitas albufeiras de águas calmas, rodeadas de verde, oferecem inúmeros prazeres aos viajantes e mostram uma paisagem diferente.
Fulcrais para o desenvolvimento do regadio e para o abastecimento das povoações, as barragens constituem lugares privilegiados para desfrutar da natureza, para a observação da flora e fauna ou para a prática de desportos aquáticos. Pode observar patos selvagens e outras aves aquáticas nas barragens, esquecer o resto do mundo e saborear a sensação de isolamento que o montado circundante proporciona. Pode banhar-se nas praias fluviais, passear de barco ou mesmo fazer um piquenique. Para a canoagem ou na pesca desportiva, as albufeiras do Alentejo Litoral proporcionam excelentes condições para praticar desportos náuticos. A barragem de Vale de Gaio é um dos locais ideias para a prática da vela, do windsurf e da pesca desportiva. Junta às suas águas existe uma esplêndida pousada a convidar ao repouso e à contemplação da paisagem da região. A barragem de Pego do Altar é também convidativa. Entre os bosques e o céu azul, a superfície espelhada das águas presta-se aos prazeres e ao desafio das actividades aquáticas. A cerca de quatro km de distância da freguesia de Santa Clara-a-Velha, Odemira, surge um cenário magnífico: a barragem de Santa Clara, um dos maiores lagos da Europa. No cimo da montanha, onde se ergue a Pousada de Santa Clara, é possível apreciar a vista extraordinária. Na barragem, é possível a prática de canoagem, remo, natação e pesca, entre outros desportos.
A tradicional secura da paisagem alentejana alterou-se. Muitas albufeiras de águas calmas, rodeadas de verde, oferecem inúmeros prazeres aos viajantes e mostram uma paisagem diferente.
Fulcrais para o desenvolvimento do regadio e para o abastecimento das povoações, as barragens constituem lugares privilegiados para desfrutar da natureza, para a observação da flora e fauna ou para a prática de desportos aquáticos. Pode observar patos selvagens e outras aves aquáticas nas barragens, esquecer o resto do mundo e saborear a sensação de isolamento que o montado circundante proporciona. Pode banhar-se nas praias fluviais, passear de barco ou mesmo fazer um piquenique. Para a canoagem ou na pesca desportiva, as albufeiras do Alentejo Litoral proporcionam excelentes condições para praticar desportos náuticos. A barragem de Vale de Gaio é um dos locais ideias para a prática da vela, do windsurf e da pesca desportiva. Junta às suas águas existe uma esplêndida pousada a convidar ao repouso e à contemplação da paisagem da região. A barragem de Pego do Altar é também convidativa. Entre os bosques e o céu azul, a superfície espelhada das águas presta-se aos prazeres e ao desafio das actividades aquáticas. A cerca de quatro km de distância da freguesia de Santa Clara-a-Velha, Odemira, surge um cenário magnífico: a barragem de Santa Clara, um dos maiores lagos da Europa. No cimo da montanha, onde se ergue a Pousada de Santa Clara, é possível apreciar a vista extraordinária. Na barragem, é possível a prática de canoagem, remo, natação e pesca, entre outros desportos.
Turismo rural
Deixe-se cativar pelo turismo rural e repouse uns dias, apreciando os prazeres da vida simples do campo e contemplando a natureza em todo o seu esplendor nos pequenos paraísos das albufeiras alentejanas
Visitar Sines Deixe-se cativar pelo turismo rural e repouse uns dias, apreciando os prazeres da vida simples do campo e contemplando a natureza em todo o seu esplendor nos pequenos paraísos das albufeiras alentejanas
Sines, capital do concelho, berço histórico do navegador Vasco da Gama, é uma pequena cidade litoral, onde a cultura é uma prioridade.
Clique nos links à esquerda para aceder às diferentes àreas da oferta turística do concelho e do apoio aos visitantes.
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Monumentos de Vasco da Gama
CASTELO (INFÂNCIA) + CASA DE VASCO DA GAMA
Admitindo que o seu pai, Estêvão, já era alcaide da vila em 1468/1469, o segundo andar da Torre de Menagem pode ser o local de Sines onde o navegador nasceu (o local apontado pela tradição é uma casa na actual Rua Vasco da Gama). Certo é que foi aqui que ele passou a infância e que o monumento está impregnado de memórias e marcas dos Gamas. Mas não era preciso tanto para fazer deste o mais importante monumento de Sines. Construído na primeira metade do século XV, no ponto mais nobre e estratégico da cidade, sobranceiro à baía, o Castelo - fortaleza defensiva - foi a condição colocada pelo rei D. Pedro I para a concessão do foral a Sines, em 1362. Hoje, que já não serve para defender a cidade dos piratas, continua a ser o mais espectacular miradouro para a baía.
ESTÁTUA DE VASCO DA GAMA (HOMENAGEM DOS SINEENSES)
Vinte metros a sul da Igreja Matriz, junto à torre poente do Castelo, está situada a estátua de Vasco da Gama. Inaugurada em 1970, ainda por ocasião das comemorações do quinto centenário do nascimento do navegador, era uma reivindicação da população desde pelo menos 1898 (400.º aniversário da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia). Com os olhos no Atlântico, num lugar de insuperável beleza, pode dizer-se que a melhor vista de Sines é a do seu filho mais célebre.
IGREJA MATRIZ (ENTRADA NA ORDEM DE SANTIAGO)
A Igreja Matriz de São Salvador está praticamente encostada à muralha poente do Castelo. É aqui (ou melhor, na construção primitiva do edifício) que, aos 11 ou 12 anos, com três dos seus irmãos, Vasco da Gama recebe a prima tonsura e se torna membro da Ordem de Santiago. No século XVIII, a igreja medieval, já demasiado pequena para a quantidade de crentes que queriam assistir à missa, teve de ser profundamente remodelada, ganhando o aspecto actual, típico do barroco joanino. No interior, ver com atenção o altar-mor com tabernáculo do Santíssimo Sacramento, os azulejos da capela-mor, as imagens de São João Baptista, de Nossa Senhora da Graça, de Santa Catarina e do Senhor Jesus das Almas e o painel no tecto, pintado por Emmerico Nunes.
IGREJA DE N. S. SALAS (MEMÓRIA DO SEU AMOR POR SINES)
O roteiro de Vasco da Gama termina na zona poente da cidade, na Ermida de Nossa Senhora das Salas “moderna”, que substitui a igreja primitiva mandada construir, no início do século XIV, por Dona Betaça, dama de honor de dona Isabel de Aragão, que ia casar com D. Dinis. Talvez em acção de graças pelo sucesso da viagem à Índia, Vasco da Gama decide mandar reedificar o edifício de raiz, no séc. XVI. Apesar da oposição da Ordem de Santiago, a obra avança, sendo colocado junto ao portal do novo templo, de evidentes traços manuelinos, duas lápides que marcam a posição do navegador: "Esta Casa de Nossa Senhora das Salas mandou fazer o muito magnífico senhor Dom Vasco da Gama”. No interior do templo, olhar atentamente o altar-mor em talha dourada com imagem da Nossa Senhora das Salas (século XVII), o painel de azulejos alusivo à vida de Maria e o retábulo do Senhor do Vencimento. Desde 2006, está disponível para visita o seu rico tesouro.
Porto de recreio
Sines tem o único porto de recreio entre Setúbal e o Algarve, sendo um ponto de paragem importantíssimo para as embarcações de lazer que percorrem a costa portuguesa em rotas nacionais ou internacionais. Gerido pela Administração do Porto de Sines, o porto encontra-se protegido por um molhe de aproximadamente 600 metros e tem capacidade para 230 embarcações. O Porto de Recreio de Sines oferece os mais variados serviços. Está dotado de rampa de varadouro e grua móvel para içar os barcos para terra. Fornece electricidade, combustível, água, lavandaria, instalações sanitárias e balneários, recolha de tratamento de resíduos sólidos e líquidos
Tesouros e museus
MUSEU DE SINES | CASA DE VASCO DA GAMA
Sines tem o único porto de recreio entre Setúbal e o Algarve, sendo um ponto de paragem importantíssimo para as embarcações de lazer que percorrem a costa portuguesa em rotas nacionais ou internacionais. Gerido pela Administração do Porto de Sines, o porto encontra-se protegido por um molhe de aproximadamente 600 metros e tem capacidade para 230 embarcações. O Porto de Recreio de Sines oferece os mais variados serviços. Está dotado de rampa de varadouro e grua móvel para içar os barcos para terra. Fornece electricidade, combustível, água, lavandaria, instalações sanitárias e balneários, recolha de tratamento de resíduos sólidos e líquidos
MUSEU DE SINES | CASA DE VASCO DA GAMA
O núcleo sede do Museu de Sines e a Casa de Vasco da Gama estão instalados no Castelo de Sines desde 2008.
O núcleo sede do Museu de Sines, localizado no Paço dos Governadores Militares, inclui uma exposição dinâmica sobre o século XX em Sines, bem como uma apresentação das peças mais significativas do património arqueológico do concelho, do Tesouro do Gaio às cantarias das pedras visigóticas.
Através de um conjunto de instalações multimédia, a Casa de Vasco da Gama, na Torre de Menagem, mostra-nos a biografia do navegador, os espaços onde habitou no Castelo e o contributo da viagem pioneira do Gama para a nossa visão do mundo.
O núcleo sede do Museu de Sines, localizado no Paço dos Governadores Militares, inclui uma exposição dinâmica sobre o século XX em Sines, bem como uma apresentação das peças mais significativas do património arqueológico do concelho, do Tesouro do Gaio às cantarias das pedras visigóticas.
Através de um conjunto de instalações multimédia, a Casa de Vasco da Gama, na Torre de Menagem, mostra-nos a biografia do navegador, os espaços onde habitou no Castelo e o contributo da viagem pioneira do Gama para a nossa visão do mundo.
Sexta unidade da Rede Museológica da Diocese de Beja, o tesouro da Igreja das Salas, instalado na Igreja de Nossa Senhora das Salas, dá a conhecer ao público, pela primeira vez, dezenas de jóias e alfaias que foram oferecidas ao longo dos séculos à imagem da Virgem, incluindo também outras peças provenientes de outros monumentos religiosos do concelho de Sines, alguns dos quais já desaparecidos, como o convento de Santo António e a ermida de Santa Catarina, cujos últimos vestígios foram demolidos aquando da realização do complexo industrial.
Núcleos históricos
Visite o centro histórico e o porto de pesca de Sines e conheça a alma da cidade. Em Porto Covo, descubra uma jóia da arquitectura popular portuguesa.
CENTRO HISTÓRICO DE SINES
O centro histórico da cidade estende-se ao longo da falésia, do Castelo ao Forte do Revelim, e continua encantador, apesar das muitas transformações a que a terra foi sujeita. Além das magníficas vistas para o Atlântico que se obtêm em toda a sua extensão, destaque, entre os pontos de interesse, para as ruas comerciais, em torno dos velhos eixos medievais (Ruas Cândido dos Reis e Teófilo Braga), o Largo dos Penedos (com a velha atalaia, onde os pescadores observavam o estado do mar) e a Rua Vasco da Gama, onde se terá situado o solar que motivou a sua expulsão de Sines ou mesmo, se confiarmos na tradição, a casa onde Vasco da Gama nasceu (Nota: casa particular indisponível para visitas). À porta do centro histórico situa-se, desde 2005, o ousado edifício do Centro de Artes de Sines, que faz a transição para a cidade moderna.
PORTO DE PESCA DE SINES
A história de Sines foi, até há 40 anos, a história de uma vila piscatória. Hoje, apesar de já não ter o peso de outros tempos, a pesca continua a empregar centenas de homens e a dar à baía de Sines um charme e um colorido únicos no Alentejo. Antes ou depois a sua refeição, no Verão ou no Inverno, uma visita ao porto de pesca e à marginal da praia Vasco da Gama, pode ser uma incursão ao centro emocional da cidade.
PORTO COVO
O Largo Marquês de Pombal, em Porto Covo, uma das maravilhas da arquitectura iluminista portuguesa, mantém quase intacta a traça oitocentista e é um espaço de visita absolutamente obrigatória.
O Festival Músicas do Mundo (FMM), uma organização da Câmara Municipal de Sines, desde 1999, é o mais importante evento do ano cultural em Sines e o maior festival de "world music" que tem lugar em Portugal.
Realizado anualmente, no último fim-de-semana de Julho, no cenário histórico do Castelo e noutros espaço do concelho, o FMM reúne nomes de topo do circuito mundial da world music, do jazz e dos blues.
Com um programa e um ambiente que permite juntar todo o tipo de públicos na fruição da grande música, é um festival que consegue ser ao mesmo tempo jovem e familiar. Tendo já contado com a presença de nomes como Kronos Quartet, Hedningarna, The Skatalites, Taraf de Haidouks, Master Musicians of Jajouka, Kimmo Pohjonen, Mahmoud Ahmed, Gogol Bordello, Asha Bhosle, Cui Jian, The Last Poets, Orchestra Baobab, Rokia Traoré, Chucho Valdés, Lee 'Scratch' Perry, Tinariwen ou Staff Benda Bilili, a qualidade do FMM tem sido reconhecida pela imprensa nacional e internacional.
Chegar e deslocar-se